6.10.11


DEFINIÇÃO DO CARGO OU OBJETIVO: UM POSSÍVEL DILEMA ESTRATÉGICO
Não é incomum que candidatos a concursos públicos não contem com uma definição precisa sobre o cargo ou cargos públicos almejados, o que corresponde ao estabelecimento do objetivo no processo de preparação. Outros enfrentam a dúvida de almejar um concurso que exige uma longa trajetória de preparação ou depende de requisito temporal, porém contam com interesse, num prazo mais curto, de buscar a aprovação em concurso que não dependa do referido requisito temporal ou não exija um tempo tão longo de estudos.

Independente do cenário, é fundamental pensar a preparação para o concurso de forma estratégica e tática. Os aspectos estratégicos, de natureza decisória, correspondem ao objetivo (cargo ou cargos) e programa (matérias e conteúdos a serem estudados). Já os aspectos táticos, consistindo nos caminhos eleitos para a implementação do planejamento estratégico, consistem nas fontes de estudos e na utilização do tempo disponibilizado.

Assim, os candidatos que se encontram diante da dúvida mencionada, correspondente ao dilema ente o direcionamento de esforços ao concurso que consiste no fim maior, a demandar mais tempo de preparação, ou focar no concurso que conta com potencial para demandar um lapso temporal menor, podem ser consideradas as seguintes alternativas: 

1a. - estruturar um plano de estudos voltado exclusivamente para o concurso considerado mais acessível, o qual assumiria o papel de concurso do tipo "escada", desprezando nesta primeira etapa o objetivo maior. Posteriormente, tendo atingido esta meta, correspondente ao concurso escada, o candidato montaria um novo plano de estudos, focado na preparação para o seu objetivo principal;

2a. - estabelecer um plano de estudos voltado exclusivamente para o concurso meta-principal. Porém, ao longo da preparação, vai prestando outros - que seriam os concursos "escada", sem se desviar do plano principal. Atingindo o concurso intermediário, assume e continua implementando o mesmo planejamento de estudo, voltado à busca da aprovação no concurso meta-principal;

3a. - constrói um caminho intermediário, de modo que procure, mesmo trabalhando com o planejamento voltado ao concurso meta-principal, promover pequenos desvios, no sentido de incluir no seu plano matérias e conteúdos inerentes ao concurso "escada", de modo a tentar melhorar as condições de aprovação neste certame. Isto é, a estrutura principal do programa a ser enfrentado corresponde ao concurso meta-principal, mas o referido plano de estudos sofre pequenas alterações em função do objetivo intermediário.

Naturalmente, é possível que o candidato vislumbre outras possibilidades além destas. Mas o fundamental é que entenda dois aspectos de grande relevância:

1º- a decisão é sua! É preciso que assuma esta responsabilidade, bem como as conseqüências da decisão tomada. Portanto, não delegue esta decisão a terceiros, pois quem vai pagar o preço e desfrutar das glórias é você, só você!

2º- esta decisão deve ser pautada pela lógica de busca de racionalidade e eficiência. Ou seja, é preciso que se avalie a opção é mais eficiente, principalmente diante das suas condições. Isto é, se o candidato for um pai de família que pretende sair da iniciativa privada o mais rápido possível, talvez a 1ª opção seja mais adequada. No entanto, se o candidato não se enquadra na referida situação e dispõe de condições de se manter por algum tempo exclusivamente por conta dos estudos, talvez a 2ª ou 3ª opção sejam mais pertinentes. 

Na minha trajetória de candidato passei por dilema semelhante e adotei uma opção que se enquadrava na 3ª alternativa. Numa análise pretérita, considero que foi uma decisão adequada e eficiente. 

De qualquer forma, o mais importante consiste na adoção de posturas estratégicas e eficientes, principalmente para aqueles que estão iniciando a trajetória na preparação para o concurso público. 

Boa decisão estratégica!

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